O presidente da câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, garantiu que a árvore que caiu, esta terça-feira, "nunca esteve sinalizada como perigo de queda".
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"A árvore que caiu não é um plátano. É um carvalho que apresentava uma copa verde e saudável, não apresentando anomalias. Nunca houve queixa com vista à limpeza ou abate", afirmou Cafôfo, esclarecendo que o município tinha recebido reclamações apenas sobre plátanos. Essas denúncias foram verificadas, segundo o autarca.
Em conferência de imprensa, o autarca afirma ainda que a árvore estava num terreno privado sobranceiro ao Largo da Fonte e que, ao contrário do que foi dito durante o dia, não estava amarrada a qualquer cabo. "Isso acontecia em outras árvores, que não foram afetadas".
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"Assumo, pessoalmente, que tudo faremos na prossecução das respostas que se exigem e no esclarecimento rigoroso, transparente e cabal daquilo que aconteceu hoje no Monte", afirmou, adiantando que será efetuada uma peritagem, "a partir de amanhã [quarta-feira], por uma empresa especializada, em parceria com uma técnica do Instituto Superior de Agronomia".
"Não há palavras para exprimir o choque e o sofrimento que volta a assolar o concelho em mais este momento de perda coletiva", sublinhou o autarca funchalense, informando que o município está a trabalhar em "articulação" com o Governo Regional e outras entidades no apoio aos familiares das vítimas.
Árvores no Largo da Fonte não são desbastadas há muito tempo
As árvores de grande porte existentes no Largo da Fonte, no Funchal, onde a queda de uma matou esta terça-feira 13 pessoas e feriu 50, não são desbastadas "há muito tempo", disse a presidente da Junta de Freguesia do Monte.
Idalina Silva explicou à agência Lusa que foram apresentados pedidos de intervenção à Câmara Municipal do Funchal, atualmente liderada pela coligação Mudança (PS, BE, PTP, MPT e PAN), mas assegurou que a última "limpeza de fundo" ocorreu "há muito tempo", no decurso da anterior vereação chefiada pelo PSD.
A presidente da Junta de Freguesia encontrava-se esta tarde no local, onde ainda decorrem as operações de remoção da árvore - um plátano - que caiu sobre uma multidão que aguardava a passagem da procissão de Nossa Senhora do Monte, a padroeira da Madeira, pouco depois do meio-dia.