A "categórica impossibilidade" da Câmara da Maia pagar aos fornecedores dentro dos prazos de vencimento das facturas (30 dias) levou a Autarquia a aderir ao programa de regularização extraordinária de dívidas do Estado.
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Através daquele instrumento, o Município arrecadará 12,5 milhões de euros: 7,5 milhões provenientes de um empréstimo bancário de médio/longo prazo; cinco milhões provenientes de um empréstimo a conceder pelo Estado.
Depois de já ter merecido aprovação no Executivo, a medida teve luz verde, anteontem à noite, na Assembleia Municipal. Os deputados autorizaram, ainda, a contratação do empréstimo de 7,5 milhões de euros com o Santander Totta. Aquele banco apresentou as melhores condições na consulta efectuada pela Autarquia. A Câmara convidou 12 instituições de crédito a apresentar propostas, mas apenas quatro responderam ao desafio.
Ao JN, o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, fez questão de explicar que a operação configura, apenas, uma "alteração da estrutura do endividamento". As verbas provenientes dos empréstimos servirão para pagar aos fornecedores e a Autarquia passará a pagar à Banca e ao Estado. Bragança Fernandes sublinhou as vantagens do processo: as empresas que trabalham para a a Câmara recebem dentro dos prazos e a Autarquia vê reduzidos os juros dos pagamentos.
O presidente da Câmara da Maia reiterou que a operação não constitui um empréstimo que aumente o endividamento do Município. O autarca salientou, ainda, que nem todas as câmaras podem aceder ao programa de regularização, devido ao seu excessivo endividamento. O que não acontece com a Autarquia maiata, destacou Bragança Fernandes, em declarações ao JN.