Câmaras nos carros e radares móveis fazem disparar número de multas no Porto
Em apenas meio mês de operação, o novo sistema de fiscalização da Polícia Municipal do Porto, com câmaras em carros-patrulha e dois radares móveis, fez disparar as multas para mais do dobro, face a janeiro de 2024. No primeiro mês deste ano, houve 6646 infrações registadas (2803 de velocidade), há um ano foram 2975.
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A diferença - são mais 3671 autos de contraordenação em janeiro passado, a maioria por excesso de velocidade - deve-se ao início da operação, a meio de janeiro, dos carros-patrulha com câmaras, para detetar estacionamento abusivo, e aos radares móveis que vão sendo colocados em pontos críticos de sinistralidade da cidade, como explica, ao JN, o comandante da Polícia Municipal, António Leitão da Silva, confessando que o resultado deste primeiro balanço o "entristece".
"As pessoas continuam a achar que a velocidade excessiva é a melhor forma de chegar de um ponto a outro", lamenta o responsável, realçando que, apesar de ser já "expectável" um aumento do número de autos de contraordenação no início do funcionamento dos novos meios tecnológicos da Polícia Municipal (PM), a subida verificada deu-se em "muito pouco tempo". O aumento mais acentuado verificou-se nas contraordenações indiretas, que são enviadas para a morada do infrator: 6125 autos - nos quais se se incluem os 2803 de velocidade - face aos 2674 no período homólogo de 2024, altura em que a PM ainda não dispunha de radares. As contraordenações diretas, em que o infrator é identificado no momento e que dizem respeito sobretudo a estacionamento abusivo, subiram de 301 para 521.