A câmara de Caminha vai submeter, na quinta-feira, a aprovação em reunião do executivo, a contratação de serviços para iniciar a alteração do Plano Diretor Municipal (PDM), cuja última versão data de 2017.
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Segundo o autarca local, Rui Lages, o novo documento deverá contemplar novas áreas destinadas a construção de habitação e de acolhimento de investimento empresarial e industrial.
“Atualmente temos um PDM que entrou em vigor em 2017 e que já é considerado de 3ª geração, por isso, dos mais avançados. No entanto, passaram-se cerca de sete anos e entendemos que devemos acompanhar a evolução do nosso território e criar soluções para os desafios do presente e estimulando o futuro”, afirma o presidente da câmara de Caminha, adiantando que com as alterações ao referido instrumento de gestão territorial se pretende tornar aquele concelho “mais apetitivo e dinâmico”.
“Está na altura de revisitar este dossiê e de colocar na agenda política a revisão do PDM. Queremos apontá-la para o início de 2025. Vamos entrar numa fase festiva onde as pessoas não dão atenção suficiente aos documentos e queremos que este seja um processo muito participado pela população e por quem tem interesse nos nosso território”, indica, adiantando que “existe sempre muita expectativa reativamente às alterações dos PDMs”.
“O que nós queremos é continuar na senda daquilo que é o essencial no nosso concelho e também temos de dar uma visão de futuro. Necessitamos de atrair mais empresas, qualificar os empregos, e estou em crer que o PDM será uma ferramenta essencial para atingir esse objetivo”, disse, acrescentando: “Também a habitação é um problema que temos sempre em mente”.
Por isso, o PDM poderá contemplar “novos espaços com vertente urbana de construção e permitir uma habitação plurifamiliar” para fixar famílias naquele concelho. “Temos muita habitação unifamiliar, mas acho que poderemos encontrar outras soluções de habitação, dando respostas rápidas e urgentes. Gostaríamos que não haja a especulação que tem havido, que a população se fixe cá e atrair novos habitantes”, destacou, concluindo, de resto, que “os PDMs não podem ser estanques, tem de ser revistos e ponderados conforme a evolução do concelho”. Esta revisão tem em vista “um desenvolvimento mais sustentável de Caminha nos próximos dez, quinze anos”.
A última proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Caminha foi aprovada pela Assembleia Municipal a 6 de janeiro de 2017.