Parque do Peregrino fica em Macieira de Rates e destina-se a descanso e convívio. Escultura do galo é atração.
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O Parque do Peregrino, em Macieira de Rates, freguesia de Barcelos, "é um oásis no meio de nada". Este espaço de descanso, meditação, lazer e convívio dá as boas-vindas à terra do galo, a todos os que percorrem o Caminho de Santiago. "A ideia foi fazer um marco na passagem do concelho da Póvoa de Varzim para o de Barcelos", conta ao JN Sérgio Vilas Boas, presidente da associação Viver Macieira, mentora do projeto.
Quando o asfalto e o mobiliário urbano são trocados por terra batida e por paisagens rurais, os caminheiros encontram em Macieira de Rates o sítio ideal para contemplar a natureza, recuperar as forças ou reconfortar o estômago. "Nós, ao fim de semana, estamos sempre por cá e prestamos assistência aos peregrinos. Até oferecemos uns petiscos", revela o responsável, acrescentando: "Temos, também, uma linha de apoio para questões de acidentes ou mazelas que tenham".
O espaço contempla uma zona de descanso, de refeições, de dedicatórias e de fotografias. Sim, um galo de Barcelos, com cerca de dois metros, faz as delícias dos caminheiros e são poucos os que resistem em tirar uma foto para mais tarde recordar. Isto tudo, junto a um ribeiro de água cristalina onde, em dias de maior calor, se poderão refrescar.
Pomar no Caminho
A caminho de Santiago, Victor Laranjeira deparou-se com "uma agradável surpresa". "Um oásis no meio do nada!". Também a islandesa Elsa Skúladóttir se mostrou surpreendida com esta "experiência inesperada e agradável". "Ótima receção, com direito a comida e bebida", salientou.
A associação Viver Macieira, de cariz ambiental, foi criada em 2011 e tem feito iniciativas para melhorar a freguesia. Para além da limpeza de ribeiros e caminhos, criou um pomar ao longo dos cerca de 800 metros em que o Caminho de Santiago passa por Macieira de Rates.
"Resolvemos plantar árvores de fruto para os caminheiros colherem. Criámos, também, canteiros com flores de cheiros, como a lavanda. O objetivo é que os peregrinos tenham boas recordações da nossa freguesia e, quem sabe, um dia queiram cá voltar", conclui Sérgio Vilas Boas.