Foi instalado junto à Catedral, na Sé, e é mais uma iniciativa galega para o Xacobeo 2021-22.
Corpo do artigo
Junto à Catedral do Porto, na Sé, foi inaugurado um novo marco dos Caminhos de Santiago. Alfonso Rueda, vice-presidente da Junta da Galiza, deslocou-se à Invicta para apresentar o programa do Xacobeo 2021-22 e reforçar os laços com Portugal.
"É o reconhecimento da importância do Porto. Daqui partem muitos peregrinos para Santiago. Portugueses, mas também oriundos de outros países europeus e de outros continentes", explicou o governante.
O Caminho Português é a segunda rota xacobea com mais peregrinos rumo a Compostela. A primeira é o Caminho Francês, mas os responsáveis da Galiza querem evitar a saturação deste corredor, a pensar nos riscos ambientais, procurando, assim, gerir melhor a distribuição dos caminhantes. A promoção no Porto também teve esse intuito.
Com a instalação do marco na Invicta, os galegos dão continuidade à iniciativa "Simbolos Xacobeos no Mundo", que já expandiu a marca noutros lugares, como Cracóvia, Glasgow, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Lorient, Pistoia e Madrid.
O Xacobeo 2021-2022 será o primeiro Ano Santo e terá a duração de 24 meses, quando, habitualmente, dura 12 meses. Por causa da pandemia, o Vaticano decidiu ampliá-lo mais um ano.
Ao longo deste biénio, a Galiza irá acolher um amplo programa de atividades lúdicas e culturais. "Vamos investir 80 milhões de euros, mas contamos ter retorno", antecipa Alfonso Rueda, que espera receber no próximo ano entre "400 e 500 mil" visitantes.
investir 700 mil euros
Em paralelo, a eurorregião Galiza-Norte de Portugal está a desenvolver o projeto de cooperação transfronteiriça "Facendo Caminho", com o propósito de preservar e proteger o ambiente e promover uma utilização eficiente dos recursos.
Um dos objetivos específicos do projeto, que tem um financiamento de 700 mil euros, passa por ordenar a exploração turística dos Caminho de Santiago, reduzindo o impacto negativo da atividade humana e incrementando o efeito positivo no desenvolvimento económico sustentável.
"Entre o leque de iniciativas, queremos ter uma sinalização homogénea e uma programação cultural conjunta", adianta Alfonso Rueda, falando em "ações e estruturas de qualidade", tanto em terras galegas, como do lado português.