Candidata socialista à Câmara de Bragança quer resolver falhas na rede de saneamento
A deputada Isabel Ferreira, candidata independente em quem o Partido Socialista aposta na corrida à Câmara Municipal de Bragança, liderada pelo PSD há 27 anos, lamentou, esta segunda-feira, que continuem a existir no concelho "aldeias sem rede de saneamento básico e água da rede pública”.
Corpo do artigo
“Isso é o mais básico. Há muito que devia estar resolvido”, afirmou a investigadora do Instituto Politécnico de Bragança e antiga secretária de Estado da Coesão Territorial, esta segunda-feira, numa conferência de imprensa. Num concelho que luta contra “um envelhecimento populacional grande”, a socialista considera as questões relacionadas com a demografia constituem “os maiores desafios para resolver”, salientando que as políticas locais têm de ser adequadas às caraterísticas da população.
“Qualquer estratégia para a governação local tem de olhar de forma séria e verdadeiramente transformadora para estas ameaças”, afirmou a candidata socialista, criticando a atual governação autárquica, que, notou, "não tem sabido responder e tem falhado redondamente nos projetos que assumiu como estratégicos, como o Museu da Língua Portuguesa, a atração de desenvolvimento empresarial, que contribua para o volume de negócios de Bragança a nível nacional, e a revitalização das aldeias”.
Há ainda “uma lacuna grande nas atividades económicas” num concelho que vive dos serviços. “Falta-nos o setor secundário, que é essencial para criar emprego”, vincou Isabel Ferreira, defendendo que os próprios serviços “precisam de superar grandes desafios a nível da competitividade e da inovação, que têm de ser grandes objetivos para a governação local”.
Isabel Ferreira lamentou ainda a “perda de influência de Bragança no distrito, na região e no país, o que se nota na questão da carreira área regional” entre Trás-os-Montes e o Algarve. “No debate na comissão parlamentar não estavam presentes outros deputados do PSD eleitos pelo interior”, disse a candidata, sublinhando que, “com o Governo atual nota-se um abandono do Estado central ao Interior". "A ligação aérea regional é uma rota que serve todo o Interior”, lembrou.
Antes elaborar o seu programa autárquico, quer conhecer a opinião dos cidadãos, nomeadamente que projetos desejam ver implementados, bem como de empresas e instituições, por forma a inserir essas ideias na estratégia autárquica. Para esse efeito, vai ser criado um conselho estratégico independente, que se traduz numa plataforma suprapartidária para que “todos os que desejem possam dar o ser contributo”, explicou Isabel Ferreira.