O candidato do PS à Câmara de Famalicão, Eduardo Oliveira, alertou em nota enviada à imprensa, para o risco de encerramento do hospital de Famalicão.
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Segundo Eduardo Oliveira, desde o ano passado, "outras forças políticas" defenderam a entrega do hospital de Santo Tirso à Santa Casa da Misericórdia e a construção de uma nova unidade hospitalar público-privada para 300 mil habitantes. "O que implicaria a perda de valências e serviços essenciais para a população, como a maternidade e a urgência médico-cirúrgica em Vila Nova de Famalicão", aponta o socialista.
Considerando que "urge debater a saúde de forma transparente", Eduardo Oliveira sublinha o "silêncio da Câmara Municipal" de Famalicão relativamente a esta questão. Atira que "sem pressão política imediata, após as eleições o Hospital de Famalicão poderá ser esvaziado de funções, em prejuízo dos 250 mil habitantes da região".
O candidato recorda que uma das suas bandeiras é a construção de um novo hospital, mas que também "mais médicos, a diminuição dos tempos de espera das cirurgias e de consultas e a garantia geral de melhores condições para os profissionais e utentes".
Notando que um novo hospital só é possível unindo todas as forças políticas e forças vivas considera que "fazer remendos em casa de outros não é solução para quem pretende assegurar saúde de qualidade e proximidade".
Esta semana, em nota de imprensa, a Autarquia informou que a unidade hospitalar famalicense tem cinco candidaturas ao PRR/PT2030 "para a modernização das atuais instalações, nomeadamente, para a aquisição de novos equipamentos hospitalares e novo mobiliário, para a construção de 2 novas salas cirúrgicas, para a renovação das áreas de internamento pediátrico e da unidade de esterilização e para a melhoria da eficiência energética do edifício".
A mesma fonte referiu que um "estudo técnico independente solicitado pelo Município" confirma o potencial de crescimento das atuais instalações do Hospital de Famalicão, "através da ampliação do edifício para novas valências hospitalares e inclusivamente para estacionamento público de cerca de três centenas de lugares".
Para Eduardo Oliveira este "suposto estudo" não passa "de uma manobra eleitoralista, muito longe de defender o concelho, os seus habitantes, os utentes do Hospital e todos os seus profissionais"