O PS, que terá Manuel Pizarro como candidato à Câmara do Porto nas eleições autárquicas, espalhou cartazes enigmáticos pela cidade. Com um círculo, um quadrado e um triângulo como representações dos temas centrais do programa, que são a segurança, a habitação e a mobilidade, a ideia é atrair o eleitorado jovem.
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As reações à iniciativa já provocaram associações, no mínimo, inusitadas. "As reações aos cartazes foram engraçadas. Há quem tenha associado as formas geométricas aos comandos da PlayStation e até quem tenha pensado ser uma referência à série da Netflix, Squid Game, que é extremamente violenta e não é, de todo, o que queremos representar", explicou Manuel Pizarro, ao JN, assumindo que o objetivo é "procurar uma certa modernidade e encontrar uma forma de chegar aos mais jovens, tratá-los por tu, através de uma linguagem fora da política".
Para o candidato, os jovens "estão afastados da política e, em particular, do partido", daí acreditar que "os votos da juventude serão importantes para resolverem os próprios problemas".
Nesse sentido, o triângulo, o quadrado e o círculo são símbolos escolhidos para representar as prioridades para o Porto. Quanto aos problemas da habitação, o objetivo passa por investir em casas a custo acessível para os jovens, o que ajudaria a resolver outras questões. “Viver no Porto é tão caro como em algumas cidades do centro da Europa, mas os salários em Portugal são bastante inferiores. Para conseguir resolver esse problema é preciso também haver uma cooperação com os privados", salientou.
Esta questão enquadra-se no segundo vetor: mobilidade. O custo de alugar ou comprar casa faz com que as pessoas optem por viver fora do Porto, sendo que é mais uma motivação para se moverem em veículo próprio. "Grande parte dos carros que circulam vem de fora da cidade porque as pessoas sentem que a atual rede de transportes não as serve totalmente. Por isso, é preciso investir à escala da Área Metropolitana, porque só tirando carros das ruas é que o trânsito vai melhorar", afirmou o socialista, admitindo que o problema possa "melhorar com a extensão da rede do metro".
Pizarro disse ainda que há certas partes do espaço público que se tornaram "desconfortáveis", muito por culpa do tráfico de droga. Nesse sentido, defendeu que é preciso aumentar o policiamento para "devolver tranquilidade”