A Câmara de Idanha-a-Nova está a preparar a candidatura do concelho a património da Humanidade em parceria com a Universidade de Coimbra.
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As tradições pascais são, para o presidente da Autarquia, manifestações únicas e genuínas.
"Não é fácil, dará muito trabalho, mas vamos mobilizar o máximo possível de colaboradores", garantiu, ao JN, Álvaro Rocha, presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova a propósito da preparação da candidatura a património Imaterial da Humanidade, junto da UNESCO.
O desafio foi lançado recentemente à Autarquia pelo Centro de História da Sociedade e Cultura da Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal aceitou-o de imediato. "É uma grande aposta para o Município e para a região", sublinha, ao JN, o presidente Álvaro Rocha.
Por enquanto, o processo está apenas em estudo, mas o autarca acredita que é possível formular uma proposta forte "tal a quantidade e qualidade do património concelhio". Contudo, não foi estabelecido qualquer prazo para concluir o dossiê e apresentar efectivamente a candidatura.
Álvaro Rocha adianta que ainda durante a fase de investigação sobre o património edificado e humano, será lançado o desafio aos vizinhos espanhóis para que apoiem a candidatura.
A Feira Raiana, que se realiza anualmente em Setembro, alternadamente em Espanha e em Portugal, será a data escolhida para colher o apoio espanhol à candidatura, revela o presidente da Câmara de Idanha, justificando que esta parceria tornaria mais forte a candidatura. Os Bodos de Salvaterra e Monfortinho, a romaria da Senhora do Almortão, a Festa do Castelo, em Monsanto, o Lava-pés da Semana Santa, ou ainda a Procissão dos Homens estão entre as manifestações culturais e religiosas que perduram em Idanha há centenas de anos e onde a organização está quase toda entregue à população. A estas manifestações junta-se ainda um vasto património local composto por danças, música e cantares
O Município raiano quer o reconhecimento das tradições e, ao mesmo tempo, consolidar o turismo religioso na região, remata Álvaro Rocha.