Olímpia Romão passou cinco dias desaparecida pelos matos de Oliveira do Hospital. A sua única companhia foi um pequeno cão, o King, que nunca a largou e acabou por salvar-lhe a vida.
Corpo do artigo
Ao início da tarde de domingo, o cão percorreu um caminho de terra até à estrada na Bobadela e foi reconhecido por uma bombeira fora de serviço, Inês Marques, da corporação de Oliveira de Hospital. Nos últimos dias, os bombeiros e a GNR tinham estado envolvidos nas buscas à moradora de 63 anos.
O King deu o alerta e mostrou o caminho até â dona, que estava caída num campo coberta por vegetação, muito desorientada, com arranhões nas mãos e nas pernas e em hipotermia. Olímpia, que sofre de demência, deixou a casa em Vendas de Gavinhos na madrugada do passado dia 30 e só este domingo foi encontrada, a cerca de três quilómetros de casa, graças ao afeto do cão que nunca a largou.
Os familiares, nomeadamente a filha Vanessa, viveram dias de grande aflição. A jovem recebeu mensagens com pistas de que a mãe estaria em Abrantes e em Espinho, mas Olímpia nunca saiu de Oliveira do Hospital. E foi sempre nisso que Vanessa acreditou, assim como muitos populares que se juntaram às buscas.
O cão-herói foi logo presenteado com água e ração e Olímpia foi levada pelos Bombeiros de Oliveira do Hospital para o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, onde permanece internada.
“Felizmente, a minha mãe está viva e o cão também. Está a ser tratada e encontra-se estável. O King esteve sempre com a minha mãe, foi um companheiro”, conta Vanesa, que, no Facebook, agradece a todos que ajudaram a concretizar este “milagre”.
A jovem reconhece que não foram "dias fáceis" e está grata pelo "milagre" de descobrir a mãe viva, após "cinco dias sem comer, sem beber" e enfretando "noites frias".