Seis dezenas de expositores distribuídos por dois pavilhões com cerca de oito mil metros quadrados fazem da Capital do Móvel uma das maiores feiras de mobiliário e decoração do país. O certame foi inaugurado neste sábado, em Paços de Ferreira, e prolonga-se até 6 de agosto.
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A organização, a cargo da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF), espera entre 15 e 20 mil visitas. "O comércio neste setor esteve em crise durante muito tempo e obrigou ao encerramento de muitas empresas. Hoje, felizmente, vemos o inverso: um crescimento firme do volume de negócios nas empresas já existentes, cada vez mais empresas a abrir e a gerar emprego, um aumento constante das exportações e, para nós também muito importante, assistimos a uma maior procura do mercado interno", justificou Rui Carneiro, presidente da AEPF.
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Também os expositores esperam que da 49ª edição da Capital do Móvel resultem bons negócios. "Participamos nesta feira desde que ela existe e a presença continua a justificar-se. Não pelo que se vende aqui, mas pela oportunidade de mostrar o nosso produto e concretizar negócios mais tarde", explica Manuela Castro, responsável da Casimóvel.
E, minutos após a abertura do evento, Carla Tomás e João Silva já percorriam os stands à procura de mobília infantil para um quarto da sua casa. "Somos de Aveiro e viemos de propósito. Há dois anos, viemos cá comprar móveis para a nossa casa e decidimos voltar. Na feira os preços são mais vantajosos", referiu o casal.
A inauguração da Capital do Móvel, Feira de Mobiliário e Decoração contou com a presença do secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira, que defendeu que "iniciativas como esta significam um momento importante para as empresas", ao permitir "o contacto com o público" e a "partilha de informação" com outros agentes do setor.
O governante aproveitou ainda o momento para salientar o bom clima económico vivido em Portugal, justificado com um "crescimento económico de 3%", "níveis de confiança dos consumidores históricos" e uma "taxa de desemprego que baixou a valores de 2008".
Só no setor do mobiliário, as exportações de mobiliário de empresas de Paços de Ferreira cresceram, nos últimos cinco anos, 11,6% e projeta-se que, em 2020, possam atingir os 400 milhões de euros. "Esta é a meta que pretendemos e tudo faremos para a alcançar", afirmou Rui Carneiro. A nível nacional, as vendas para os mercados externos atingiram, em 2016, os 1700 milhões de euros.