Dorme-se pouco, trabalha-se muito e convive-se bastante. Os bastidores de uma festa “feita à mão”.
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Os trabalhos começaram depois do verão, mas intensificaram-se nos últimos dois meses, quando passaram a ter frequência diária. Agora, na semana que antecede a saída dos corsos do Carnaval de Estarreja – agendados para domingo e terça-feira –, está um frenesim instalado nas sedes dos 13 grupos que vão desfilar. Dorme-se pouco, trabalha-se muito e convive-se bastante. Há quem tire férias dos empregos e quem só vá a casa fazer pouco mais do que dormir. E até há quem nem a casa vá e se tenha mudado de malas e bagagens para a sede, como Nuno Sardine, o “carnavalesco” – responsável pela conceção geral – da escola de samba Trepa Coqueiro. Porque, quando saírem à rua, os objetivos estão traçados: oferecer espetáculo e ganhar o primeiro lugar.
Nestas noites, temos 60 a 70 pessoas da escola a trabalhar, em vários locais”, assegura ao JN Daniela Andrade, presidente da Trepa Coqueiro, que vai desfilar com 198 elementos. E 198 elementos significa 198 fantasias, de muitas formas e feitios. “Temos as da comissão de frente, da ala mirim, das juvenis, três alas de passistas, baianas e, ainda, fantasias individuais, como é o caso dos destaques de chão ou da madrinha de bateria. Mas já estamos na fase dos pormenores”, explica.