O Carnaval são três dias, mas em Pevidém, este ano serão cinco, entre 28 de fevereiro e 4 de março. Como habitualmente nesta vila do concelho de Guimarães, há um Carnaval formalmente organizado pela associação Sol do Miral, e depois há os festejos populares engrossam a festa.
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É assim em Pevidém: ao Carnaval formalmente organizado pela associação Sol do Miral, apoiado pela Junta de Freguesia e pela Câmara Municipal, juntam-se os festejos populares que ocorrem de forma mais ou menos inesperada e engrossam a festa.
“O ano passado começámos o cortejo com seis carros e, quando acabamos, eram 21”, referiu o presidente da Sol do Miral (Teatro Coelima), Rui Fernandes, para dar ideia da dimensão da adesão popular aos festejos de Carnaval na vila. “Por esta altura, as pessoas começam a organizar-se em grupos, a costurar fatos e ensaiar coreografias para participarem”, revelou.
Este ano, as festas terão cinco dias, a começar no dia 28 de fevereiro, sexta-feira, com o desfile infantil, a cargo das escolas do agrupamento local, a que não falta sequer um grupo de bombos. No sábado, às 15 horas, realiza-se o Rali da Orelheira, uma apropriação de um hábito local de fazer rali tascas neste dia, para passar a integrar o cartaz. No domingo, também às 15 horas, cumpre-se a tradição de “Rogar ao Entrudo”.
Tradições portuguesas
Na segunda-feira, a praça Francisco Inácio recebe um camião palco com animação musical até às duas da madrugada a partir dessa hora, a festa continua no Marau’s Bar. Na terça-feira de Carnaval, não podia faltar o cortejo, a começar às 15 horas com os carros alegóricos que estão a ser preparados nas instalações cedidas pela Mabera (ex-Coelima) e os grupos de bombos e gigantones. A estes juntam-se os grupos de populares mascarados e os carros alegóricos criados pela população.
“É por isso que dizemos às pessoas para virem participar no Carnaval de Pevidém e não para virem ver”, frisa Rui Fernandes. O vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva, destaca este como “o Carnaval de Guimarães”. O autarca sublinha o facto de, neste caso, “ainda haver uma componente muito genuína e de se preservarem tradições portuguesas ligadas a esta época”.
As festividades carnavalescas terminam precisamente com uma dessas tradições: o enterro e a leitura do testamento do Entrudo, na terça-feira, às 21.30 horas.