Comunidade piscatória queixa-se da invasão da espécie exótica mas há quem defenda a aposta na comercialização. Pescador de Cerveira captura peixe para imigrantes.
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Alexandre Giesteira, 25 anos, pescador desportivo, já se habituou a ser abordado por imigrantes na sua zona de residência em Campos, Vila Nova de Cerveira, que lhe perguntam pelas carpas. Este peixe, considerado “uma praga” pela comunidade piscatória , é apreciada por chineses, paquistaneses, indianos, búlgaros e até russos, que abundam na região. Ao JN, o biólogo, diretor do Aquamuseu do rio Minho, Carlos Antunes, refere que tem procurado incentivar os pescadores profissionais a interessar-se por aquela espécie exótica invasora, que “está instalada no rio desde os anos 90” do século passado.
“Porque não começar a dar valor a estas espécies?”, questiona Carlos Antunes, referindo que, neste momento, os pescadores descartam a possibilidade de comercializar um peixe que cada vez mais encontram nas redes. “A carpa é a espécie exótica mais abundante no rio Minho. O achigã também existe e é mais antigo que a carpa, mas há menos. E a percasol”, descreve aquele responsável, indicando que ao contrário da lampreia e do meixão, que são espécies muito valorizadas para a pesca, às invasoras não é atribuído qualquer valor económico.