Aeródromo municipal reabre pista a aviões esta sexta-feira e volta à ligação entre Bragança e Portimão.
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A carreira aérea que atravessa o país, desde Bragança a Portimão, volta a fazer escala em Vila Real a partir de sexta-feira, depois da pista do aeródromo municipal ter fechado aos aviões em 2019. Rui Santos, presidente da Câmara, disse que "está tudo preparado" para a reativação da ligação aérea Bragança -Vila Real -Viseu - Cascais e Portimão , "depois de um longo calvário" e de um "enorme investimento".
Em julho de 2019, o município anunciou o encerramento do aeródromo "por tempo indeterminado" à operação de aviões, depois de ter sido detetado "um perigo de abatimento na pista". Em consequência do fecho da pista aos aviões, já que os helicópteros continuaram a poder aterrar, Vila Real deixou de ser paragem nesta rota aérea que liga Bragança a Portimão (Faro).
"Esta carreira aérea é viável com Vila Real, sem Vila Real a sua frequência diminui em mais de 40%. É muito importante ter esta linha aérea que liga o norte ao sul do país. Continuo a dizer que é pena não aterrar no aeroporto Humberto Delgado e aterrar em Tires, mas é melhor ter esta carreira do que não ter nenhuma", afirmou Rui Santos.
Segundo afirmou, esta retoma irá "facilitar a vida àqueles que, tendo que se dirigir ao sul do país, Lisboa ou Portimão e vice-versa, o possam fazer com mais comodidade e rapidez".
Rivaliza com Portimão
Segundo dados da Sevanair, concessionária da ligação aérea, em 2018 a carreira transportou 13446 passageiros, 11561 passageiros em 2019 (Vila Real funcionou até junho deste ano), 6493 em 2020 e, em 2021, 7973.
Vila Real está, de acordo com a empresa, "normalmente entre a segunda e a terceira posição em termos de total de passageiros, rivalizando com Portimão, sendo Cascais o local de maior origem/destino".
Somando origem/destino, a cidade transmontana representa "cerca de 25% do total" de passageiros transportados na linha regional. "Esta cidade é a porta de entrada para quem pretende visitar o Douro, tem uma universidade importante, fatores que fazem com que o tráfego seja relevante", salientou a Sevanair à Lusa.
Rui Santos destacou ainda a importância do aeródromo para pequenos aviões e para a Proteção Civil, que, segundo adiantou, vai recolocar os aviões de combate a incêndios. No aeródromo decorre a construção do Centro de Proteção Civil, de uma nova aerogare e ligação à pista, num investimento de mais de 2,5 milhões de euros.