O presidente da Casa do Douro, Rui Paredes, desafiou os partidos políticos a incluírem os problemas da agricultura portuguesa na campanha eleitoral para as eleições legislativas de 18 de maio, que arranca segunda-feira.
Corpo do artigo
À margem de uma conferência de imprensa, esta sexta-feira, em Peso da Régua, para alertar para a crise na viticultura duriense, Rui Paredes desafiou os partidos políticos a “olharem para o Interior do país”. Sublinhou que devem “perceber que só estão a contribuir para as assimetrias e a perda de qualidade de vinha no litoral”, que passou a ser “um sorvedouro de dinheiro público”.
O presidente da Casa do Douro enfatizou que os políticos devem ter a consciência de que “pode haver desenvolvimento do país a partir do Interior”. Destacou a Região Demarcada do Douro, que “consegue captar várias atividades” ligadas à “produção de vinho e ao turismo”.
“É para isto que os senhores candidatos deverão olhar”, acentuou Rui Paredes, até porque a viticultura do país representa cerca de “mil milhões de euros em exportações”, pelo que “deveria ter uma especial atenção”.
No Douro, a viticultura representa “cerca de 500 milhões de euros por ano em valor económico direto e indireto”, com um peso estimado de “mais de 50% do Produto Interno Bruto da região”. Os vinhos com origem na Região Demarcada do Douro são “35% das exportações totais de vinho português em valor”.