Câmara do Porto quer construir 291 fogos de renda acessível para abrir à cidade, em Lordelo do Ouro. Moradores temem que cenário de droga afaste interessados.
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"É bairro a mais", opina António Silva, de 72 anos, sobre o projeto da Câmara do Porto para a construção de habitação a custos acessíveis em Lordelo do Ouro. Na caminhada de regresso a casa depois das compras, a meio da manhã, acompanham-no três amigos. Todos estão já a par das intenções do Município. No entanto, o portuense tem dúvidas sobre a vontade de as famílias da classe média viverem rodeadas por um cenário de "miséria".
A ambição da Câmara é, precisamente, "contrariar a segregação urbanística, funcional e social" daquela zona, promovendo a sua abertura à cidade. A construção de cinco edifícios para arrendamento acessível e a intervenção na ribeira da Granja são duas apostas nesse sentido.