Sempre que há uma enxurrada de água, em Lisboa, as duas dezenas de comerciantes do mercado de Olivais Sul temem pela segurança. "Chove cá dentro como na rua, parece uma cascata. Só tenho medo que um dia a cobertura caia em cima de nós e aconteça uma tragédia", receia Lúcia Sousa, dona de um café no mercado.
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A presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, Rute Lima, refere ao JN que entregou um projeto à Câmara de Lisboa, em 2017, mas "tem sido adiado porque a autarquia definiu outras prioridades". Diz ainda que a junta vai fazendo "pequenas reparações" que já custaram "largas dezenas de milhares de euros", "um grande prejuízo para a junta".
Natália Vicente, vendedora de peixe, já usa um chapéu de chuva para proteger a banca há vários anos, mas nunca se lembra de se sentir tão insegura no local de trabalho. "No próximo inverno este mercado já não aguenta, têm de demoli-lo e construir outro. Quando vêm estas trombas de água temos logo de desligar as luzes. As pessoas têm medo que voe tudo. É uma vergonha", critica.