A Câmara de Terras de Bouro vai assinar, nas próximas semanas, o contrato com o empreiteiro que ganhou o segundo concurso para executar as obras na cascata Fecha de Barjas, conhecida como Tahiti, no Gerês, onde será construído um miradouro muito contestado pelos ambientalistas. A intervenção vai decorrer no verão.
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“Durante esse período haverá certamente constrangimentos, mas a segurança está acima de tudo e é aquilo que realmente nos preocupa”, disse Manuel Tibo. O presidente da Câmara de Terras de Bouro lembrou que a obra foi adjudicada, inicialmente, a uma empresa, que fez alguns trabalhos em agosto do ano passado, mas acabou por desistir pouco tempo depois, o que levou o Município a abrir um segundo concurso, já este ano, pelo valor base de 270 mil euros.
“Neste momento, estamos a tratar de toda a parte burocrática e esperamos assinar o contrato com a empresa vencedora entre o final deste mês e o início do próximo, para que as obras possam arrancar de seguida”, adiantou o autarca.
Impedir quedas
De acordo com Manuel Tibo, o prazo de execução é de 150 dias (cinco meses) e o projeto “será o que foi apresentado e aprovado” anteriormente, com o “aval” do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e da Agência Portuguesa do Ambiente, apesar de ter recebido várias críticas, nomeadamente de associações ambientalistas, por prever a construção de um miradouro com uma estrutura metálica.
“Aquilo que eu sempre disse é que, enquanto presidente da Câmara, não ficaria de braços cruzados a assistir a acidentes com feridos e mortos. O nosso grande objetivo é esse: impedir quedas e dar segurança às pessoas”, vincou o edil.
Conforme o JN já noticiou, além de um miradouro para contemplar a paisagem, a obra permitirá a criação de uma nova zona de circulação junto à cascata – com redes de proteção e gradeamento – e também uma intervenção no espaço adjacente, onde será criado estacionamento, designadamente para veículos de socorro.