O deputado do CDS João Almeida questionou o Governo sobre a instalação de uma central fotovoltaica em S. João de Ver, no concelho de Santa Maria da Feira. Numa pergunta endereçada ao ministro do Ambiente, o parlamentar quer saber qual a área prevista e como será financiado o projeto.
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"O deputado do CDS questiona quais os dados em que se baseou a escolha da encosta do Pinhal do Conde para a instalação da Central, se foi feita alguma análise prévia de eventuais impactos negativos desta instalação, nomeadamente ambientais, paisagísticos e quanto à qualidade de vida da população, e se foi feito algum estudo de rentabilidade comparativo com outras centrais instaladas em zonas de maior exposição solar", informa o partido, em comunicado.
João Almeida pergunta, também, se houve debate ou consulta prévia junto da população e dos autarcas de São João de Ver e se, "face às muitas questões e dúvidas que estão a surgir localmente, não considera o ministro pertinente a realização de uma Avaliação de Impacte Ambiental deste projeto".
De acordo com o CDS, é "um projeto que acarreta graves impactos ambientais e paisagísticos, uma vez que a construção da central fotovoltaica conduzirá a uma drástica alteração de toda a encosta da vila, ao abate de toda a floresta existente, à movimentação das linhas e ribeiras de água e, consequentemente, a alterações térmica e de luminescência em toda a envolvência".
Os centristas recordam que a vila de São João de Ver tem mais de 10 mil habitantes e uma elevada densidade populacional (650 pessoas por quilómetro quadrado), "o que por si só torna pouco viável este tipo de projetos". "Estamos a falar de uma estrutura de muitos hectares, espelhada, que irá confrontar com importantes urbanizações residenciais, como é o caso de Giesteira de Cima ou Vila Areal", acrescenta.
"O Pinhal do Conde é uma zona muito querida para todos os sanjoanenses, que merece ser preservada, e um projeto deste tipo não pode ser aprovado sem qualquer discussão pública ou levantamento de eventuais consequências danosas para a população e para o ambiente", sublinha, ainda, João Almeida.