A CDU de Viana do Castelo apelou, esta quarta-feira, às populações do Alto Minho que se mobilizem para participar no processo em curso de criação de uma empresa intermunicipal para gerir o fornecimento de água ao domicílio na região.
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Segundo aquela força partidária, que contesta a entrega da maioria do capital (51%) da futura firma à Águas de Portugal, em detrimento dos municípios (49%), o mês de abril será decisivo para o avanço do novo modelo de gestão.
"O nosso objetivo é mobilizar as populações para que participem nas reuniões de câmara e assembleias municipais, para impedir que a água deixe de estar nas mãos dos municípios", declarou Filipe Vintém, responsável da organização regional de Viana do Castelo do PCP, referindo que, a concretizar-se "nos moldes previstos", a empresa terá implicações ao nível "dos direitos dos trabalhadores e do preço da água". E abrirá caminho "a uma possível privatização da água".
O Jornal de Notícias tentou, sem êxito, contactar os responsáveis da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, que representa os dez municípios da região.
Recorde-se que, em janeiro, o líder da CIM, José Maria Costa, declarou à Lusa que a tomada de decisão em abril, para "absorver os financiamentos comunitários a 85% para os investimentos que são necessários fazer a curto prazo", e garantiu que o processo estava "a ser feito com muito cuidado, com muita atenção para não pôr em causa os recursos humanos nem os tarifários".