Remo foi para contentores provisórios na Arrábida, mas Câmara de Gaia prometeu uma solução definitiva, que ainda não surgiu. "Há incompetência ou má vontade", acusa o clube.
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É uma espera que se eterniza há 22 anos. Em 2002, a secção de desportos náuticos do CDUP perdeu a sede, junto ao Cais de Gaia, para a construção de uma rotunda, mas a Câmara Municipal comprometeu-se a encontrar uma solução definitiva. A título provisório, o remo do clube foi transferido para contentores por baixo da Ponte da Arrábida, que hoje, passadas duas décadas, nem têm eletricidade e estão sem uso. Surgiu, entretanto, um projeto para construir um centro náutico no Areirinho, Oliveira do Douro, com financiamento do município, mas o processo continua embruxado.
Além de ajustamentos suscitados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Câmara diz que "ainda não foi possível chegar a acordo para a compra do terreno, por desacerto de verbas com a proprietária". Cansado de esperar, Carlos Bettencourt Gesta, diretor e seccionista do CDUP, acusa a Câmara de Gaia de "incompetência ou má vontade". Ainda assim, promete "não desistir", enquanto os seus atletas do remo, nesta altura cerca de uma vintena, só nas categorias de seniores e veteranos (porque não há condições para mais), se veem obrigados a treinar e a guardar as embarcações em locais distantes, como o Covelo (Gondomar) e o Furadouro (Ovar). "Havendo condições, em pouco tempo teria cerca de 100 atletas a treinar. Porque não faltam interessados", garante o dirigente. É bom lembrar que no seu historial o clube conta com vários campeões nacionais.