O parque de estacionamento de uma clínica na Rua de Augusto Simões, perto do centro da Maia, está a transformar-se num cemitério de carros. Os moradores contestam a situação que se arrasta no tempo sem solução. A Unilabs garante que continua a tentar resolver a situação.
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Há pelo menos meia dúzia de automóveis completamente destruídos, que permanecem no local há vários meses. "Alguns estão ali há mais de um ano", sublinha Maria Teixeira que mora junto ao parque de estacionamento. Ali também há ajuntamentos de jovens com "música alta" e muito barulho durante a noite, acrescentou. "A minha neta tem ligado para a Polícia", assinalou Maria Teixeira. As queixas não têm tido resultado.
O parque continua a ser usado. Por isso, os carros destruídos estão entre as viaturas ali estacionadas. Os automóveis abandonados vão sendo esventrados com o passar do tempo: vidros partidos, baterias, jantes, rádios e partes de motores roubados. No interior das viaturas também se acumula o lixo. O cenário é cada vez mais preocupante, sobretudo para quem ali reside.
A proveniência dos automóveis, a maioria deles já sem matrícula, também é uma incógnita. Os que têm matrícula, não constam para apreender pela PSP.
Contactada pelo JN, a Câmara da Maia confirmou que têm chegado queixas sobre a situação à Polícia Municipal. No entanto, acrescentou fonte da Autarquia, o Município não pode intervir, nos termos do Código da Estrada, uma vez que o parque é privativo, para estacionamento de utentes da clínica da Unilabs.
"A Unilabs identificou e procurou uma solução para a situação que se vive no terreno que alugou como suporte à sua unidade da Maia, nomeadamente no que diz respeito ao abandono de viaturas privadas no local. A Unilabs tem procurado junto do proprietário bem como das autoridades policiais, nomeadamente da Policia Municipal, apoio para a resolução desta situação. Infelizmente, dadas as limitações legais existentes, não conseguimos, até ao momento, ultrapassar estas questões. Vamos continuar a insistir junto das autoridades no sentido de o mais rápido possível ser esta situação ser resolvida", respondeu fonte da empresa, ao JN.