Depois dos vários assaltos ocorridos no centro histórico de Torres Vedras, alguns dos quais violentos, os comerciantes exigiram mais policiamento. Ontem, segunda-feira, o ministro da Administração Interna foi à cidade para assinar o Contrato de Segurança Local.
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"O êxito deste contrato é também o êxito da Polícia com a adopção de um policiamento de proximidade, de uma maior visibilidade e maior capacidade de resposta das forças de segurança", disse Rui Pereira. O Contrato Local de Segurança de Torres Vedras - o 32º a nível nacional - que prevê uma colaboração mais estreita entre comerciantes e as forças de segurança, é o segundo do distrito de Lisboa a ser celebrado.
O ministro sublinhou a importância destes acordos, ao identificar os principais focos de insegurança e definir estratégias de policiamento de proximidade mais adequadas, com o objectivo de reduzir a ocorrência de crimes, como assaltos. O governador civil de Lisboa, António Galamba, explicou que, com o Contrato Local de Segurança, "há um policiamento de proximidade no centro histórico", com o reforço de cinco efectivos na esquadra da PSP da cidade, resultante de "uma reorganização da Divisão da PSP de Loures".
Os agentes da PSP vão efectuar o patrulhamento no centro histórico da cidade em bicicletas, adquiridas pelo município, sendo mais uma medida da autarquia com o intuito de revitalizar esta zona da cidade.
No âmbito do contrato, o responsável adiantou que estão também previstas outras actividades a desenvolver sobretudo com os comerciantes, entre as quais acções de formação e de prevenção do risco de assaltos.
Mário Reis, presidente da Associação Comercial e Industrial da Região Oeste, sublinhou que as medidas vêm ao encontro das pretensões dos comerciantes, existindo um sentimento de maior segurança na cidade.
O Contrato Local de Segurança surgiu depois de vários assaltos violentos ocorridos na cidade.
O mais grave ocorreu a 17 de Fevereiro, numa ourivesaria do centro histórico. António Miranda e a filha Joana, foram agredidos a soco e pontapé por dois homens que depois da agressão e do roubo fugiram.
Por ali são muitos os comerciantes com histórias de assaltos para contar. Em Março, alguns dizem ao JN que o problema "não está no policiamento" mas nas leis que "deixam em liberdade estas pessoas que têm um grande sentimento de impunidade".