Câmara repudia destruição "premeditada" do equipamento em Parchal e pede mais patrulhamento.
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A Câmara de Lagoa repudiou "veemente", ontem em comunicado, todos os atos de vandalismo ao Centro de Congressos do Arade esta semana e nos últimos meses. A autarquia considerou esta segunda-feira os atos "criminosos, cobardes, bárbaros e premeditados por alguém que os pratica ou manda alguém praticar" e lamentou não conseguir fazer nada "para o impedir". O município apelou às autoridades de segurança que reforcem o patrulhamento naquela zona e encontrem os responsáveis por estes atos.
O equipamento cultural, situado no Parchal, na Lagoa, foi declarado insolvente há dois anos depois de acumular uma dívida de sete milhões de euros que se arrastava desde 2014. Deixado ao abandono, nos últimos meses tem sido vandalizado sem que a Câmara da Lagoa consiga intervir. "Não é propriedade do município e as regras da contratação pública não permitem que o mesmo contrate segurança privada ou instale um sistema de vigilância num imóvel que não é seu", explica a autarquia.
Segundo a Câmara, o responsável por manter a segurança do Centro de Congressos é a gestora de insolvência que "até à data nada fez para manter aquele imóvel a salvo destes atos", que o município considera serem pouco inocentes, "dado os momentos em que têm ocorrido". O presidente da Câmara, Luís Encarnação, diz que "infelizmente já previa tais atos", uma vez que há um mês o município anunciou que vai comprar o imóvel. "Infelizmente, não tive como os evitar".
O JN tentou contactar hoje a gestora de insolvência, mas sem sucesso.