<p>O centro de operações do Norte dos CTT vai sair das Devesas, em Gaia, e instalar-se na Zona Industrial da Maia. Um projecto de 12 milhões de euros que terá o ministro das Obras Públicas no lançamento da primeira pedra. </p>
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A Fimai já foi arrasada. Da antiga empresa têxtil restam as memórias. O imenso descampado - cerca de 20 mil metros quadrados de terreno - aguarda agora pela chegadas das máquinas que hão-de começar a construir o complexo dos CTT, que albergará cerca de 400 trabalhadores. A empreitada deverá estar concluída no final do próximo ano.
Há muito dinheiro envolvido - é o maior projecto da empresa no futuro imediato e revela-se essencial no período que antecede a liberalização total dos serviços postais.
"A antiga Fimai foi adquirida pelos CTT há mais de meia dúzia de anos. O terreno esteve aqui parado muito tempo. Nós contactámos os CTT para resolver o problema", explicou, ao JN, o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes. O autarca não esconde a satisfação por ver chegar ao município um investimento de dimensões consideráveis. E aproveita para sublinhar as virtudes da zona industrial do concelho, servida por "bons acessos". "Os camiões não incomodam a malha urbana", acrescentou, lembrando que ali perto passa o metro.
O autarca assinalou, ainda, que a instalação dos CTT deverá atrair outras entidades e fornecedores que trabalham directamente com a empresa. Em declarações ao JN, Bragança Fernandes observou que o novo edifício terá preocupações ambientais e que o projecto contemplou a preservação das árvores que fazem uma espécie de "cortina" em frente à estrada: "Servirão como barreira visual e acústica".
O centro de operações do Norte dos CTT (abrange o tratamento da correspondência, os transportes postais e o serviço de correio electrónico) está actualmente instalado na Rua de Visconde das Devesas, em Vila Nova de Gaia.
Desde 1994 que está naquele terreno, com uma área de 33 mil metros quadrados, em armazéns que foram construídos para outros fins. A solução foi assumida como provisória, mas tardava a ser definitivamente resolvida. Um dos principais problemas prende-se com o facto do complexo estar inserido numa zona com elevada densidade populacional e comercial. Uma área que, segundo apurou o JN, é considerada "totalmente desadequada" para um centro de operações postais.
Na zona industrial da Maia, a situação será bem diferente, com a construção de um edifício de raiz, adequado à respectiva função: receber e tratar a correspondência provenientes dos marcos de correio, de entregas directas e de envios electrónicos. Após a recepção, o correio é separado por dimensões e tipo (a triagem e a separação são mecânicas), seguindo-se a sua redistribuição pelos respectivos destinos finais.