O centro de saúde de Infias, em Braga, está sem elevador há praticamente dois meses, uma situação que tem merecido várias reclamações de utentes, que são obrigados a utilizar as escadas para aceder ao primeiro e segundo piso. A Câmara lamenta a situação e assegura que está a trabalhar no sentido de resolver o problema.
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“É uma tristeza vermos todos os dias as pessoas a ter de subir as escadas para poderem ir às consultas”, lamentou ao JN um utente, José Cidade, para quem este é um problema que “parece sem solução” e que se torna “ainda mais grave” no caso de idosos ou grávidas. “Infelizmente, o elevador já está assim há dois meses e continua sem funcionar”, aponta.
Nas redes sociais, vários outros utentes da Unidade de Saúde Familiar (USF) Braga Norte têm também manifestado o seu desagrado e apelado a uma intervenção urgente do município, que detém a responsabilidade sobre o edifício no âmbito da transferência de competências por parte do Governo.
“Como utente, tive, mais uma vez, que subir ao segundo piso com o meu bebé de seis meses, uma situação desconfortável e perigosa. Imagine-se quem tem dificuldades em andar ou não pode fazê-lo de todo”, desabafou Filipa Silva, que escreveu uma queixa no livro de reclamações. Sem o elevador, a alternativa é usar as escadas. O problema, segundo Filipe Silva, é que são “muito íngremes” e “põem em perigo as pessoas com mobilidade reduzida”.
Câmara guarda peça pra reparação
Contactada pelo JN, a vereadora Sameiro Araújo, que tutela o pelouro da Saúde, disse que é “lamentável” que o edifício possua apenas um elevador e assegurou que o município tem acompanhado a situação, cuja resolução depende de uma peça que “está esgotada no mercado nacional”.
“Já por três vezes foram técnicos ao local, mas o elevador, passado pouco tempo, deixa outra vez de funcionar. Houve necessidade de mandar vir uma peça do estrangeiro, está-se a aguardar que chegue”, explicou.
Apesar disso, segundo Sameiro Araújo, a autarquia está também a avaliar a hipótese de instalar outro elevador no centro de saúde. “Não se compreende que haja apenas um, mas essa foi uma situação que herdámos”, concluiu.