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O atual presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, é recandidato com vista ao terceiro mandato consecutivo. Trata-se da sua segunda passagem pela liderança da autarquia, a que já tinha presidido entre 1990 e 2001. Depois de uma ausência em que o PS perdeu a presidência em Coimbra, regressou em 2013 para recuperar a autarquia para os socialistas. Uma das figuras mais reconhecíveis do poder autárquico, exerce também funções enquanto presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses.
Na oposição surge o atual vereador José Manuel Silva. O antigo bastonário da Ordem dos Médicos foi candidato em 2017 pelo grupo de cidadãos Somos Coimbra. Depois de quatro anos de forte oposição e de presença ativa nas reuniões camarárias, convenceu vários partidos a juntar-se num único projeto, com o objetivo de derrotar o PS e Manuel Machado. Assim, José Manuel Silva surge agora a encabeçar a coligação "Juntos Somos Coimbra".
A plataforma junta PSD, CDS, PPM, Volt, RIR, Aliança e Nós, Cidadãos. Uma vez que a lei eleitoral não permite coligações entre movimentos cívicos e partidos políticos, os elementos do grupo Somos Coimbra seguem a votos através das listas do Nós, Cidadãos. A coligação teve já alguns impasses, nomeadamente com a saída do MPT e o desencontro de vontade entre a estrutura distrital do CDS e a Concelhia, que preferia apresentar candidato próprio. Também no PSD houve divergência, neste caso entre as duas estruturas locais e a direção nacional, que preferiu o nome de José Manuel Silva.
A CDU volta a apresentar Francisco Queirós como cabeça de lista. Vereador eleito desde 2009, tem sido responsável por áreas como a habitação, o desenvolvimento social ou a gestão dos serviços médico veterinários do município. Professor de ensino secundário de carreira, ocupa também uma posição de vogal na administração dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra.
O movimento cívico Cidadãos por Coimbra (CpC) volta também a apresentar-se a votos. O empresário Jorge Gouveia Monteiro é, novamente, o cabeça de lista do movimento. Antigo vereador eleito pela CDU na cidade, vinculou-se ao CpC em 2016 e foi a votos em 2017. Na altura, o movimento não conseguiu eleger um vereador por poucas centenas de votos. O CpC conta também com o apoio político do BE, que em Coimbra opta assim por não apresentar candidatura própria.
O Chega apresenta-se com uma lista liderada por Miguel Ângelo Marques. O promotor imobiliário é, assim, o candidato escolhido pelo partido para procurar alcançar as vereações naquele município.
O Executivo de Coimbra é composto por 11 vereadores. Em 2017, o PS venceu as eleições com 35,46% dos votos, elegendo cinco. A coligação PSD/CDS/MPT/PPM ficou na segunda posição com 26,56% e três vereadores. O movimento Somos Coimbra conseguiu 16,06%, suficiente para dois mandatos de vereação. A CDU foi a quarta força com direito a vereadores, com 8,30% e um mandato. O CpC ficou com 7,02% dos votos. O PAN terminou com 1,60% e o PNR foi a última força política com 0,29%.