Medida tem efeitos imediatos e exige exclusividade a todos profissionais de seis hospitais de Coimbra.
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O Conselho de Administração Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CA/CHUC) decidiu este domingo impedir todos os seus funcionários de acumularem funções em outras instituições de saúde, privadas ou públicas.
A medida, que tem efeitos imediatos e por tempo indeterminado, visa diminuir o risco de contágio do Covid-19, que está associado à circulação de profissionais entre instituições, e salvaguardar a capacidade operacional das equipas do CHUC.
"O CA determina a suspensão temporária, com efeitos imediatos, de todas as autorizações de acumulação de funções, públicas ou privadas, concedidas a todos os profissionais do CHUC", lê-se na circular enviada aos respetivos funcionários, desde assistentes operacionais a médicos, passando por administrativos, técnicos e enfermeiros.
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A circular não ignora que há "muitos profissionais [que] acumulam funções em outras instituições de saúde, públicas ou privadas, sem terem previamente solicitado autorização para o efeito". E, a esses, "recomenda vivamente que tais funções sejam de imediato suspensas".
"A circulação dos profissionais entre instituições, que tem sido prática habitual num contexto de normalidade, é, no cenário atual, um dos principais fatores de risco para uma propagação descontrolada do contágio e pode comprometer de forma irremediável a capacidade operacional das equipas", justifica o CA.
O CHUC integra os Hospitais da Universidade de Coimbra, o Hospital dos Covões, o Hospital Pediátrico de Coimbra, as maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto e o Hospital Psiquiátrico de Sobral Cid.
O CHUC é o primeiro a recorrer à exclusividade dos profissionais como arma de combate ao coronavírus. Fonte da administração observa que já foi pioneiro, na crise atual, a restringir visitas a doentes e proibir a circulação de estudantes pelas enfermarias - medidas que foram depois replicadas por outros