
Marcelo visitou empresa destruída em Seia
PAULO NOVAIS/LUSA
Cerca de 30 casas de primeira habitação foram destruídas pelo incêndio que deflagrou no domingo em Seia, no distrito da Guarda, disse esta sexta-feira o presidente da Câmara, Carlos Filipe Camelo.
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Ao todo, 77 casas de primeira e segunda habitação ficaram destruídas, tendo ardido cerca de 60% da área florestal do concelho, afirmou o autarca.
À agência Lusa, Carlos Filipe Camelo referiu que há prejuízos a rondar os três milhões de euros nas empresas afetadas pelas chamas, sem contar com as firmas ligadas à área da agricultura e das florestas.
Durante a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à sede do município, o presidente da Câmara de Seia sublinhou que agora é preciso ter atenção ao controlo da erosão dos solos e garantir a segurança dos cursos de água.
No futuro, sublinhou, é necessário "desenhar um plano" para garantir que o território e a paisagem "sejam mais resilientes e mais resistentes ao fogo", numa estratégia que tem de ter "um respeito muito grande pela natureza e com uma grande atenção às alterações climáticas".
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
