Cerca de 60 enfermeiros com contrato de funções públicas do Centro Hospitalar do Médio Ave - que inclui as unidades de Santo Tirso e Famalicão - recusam fazer horas extraordinárias como protesto contra a forma como a unidade de saúde está a tratar o descongelamento das carreiras.
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Segundo os enfermeiros a administração tinha feito a atualização das carreiras desde 2004, altura em que foram congeladas. Contudo, acrescentam perante uma informação não vinculativa da Autoridade Central dos Serviços de Saúde decidiu proceder ao descongelamento das carreiras contando os pontos apenas desde 2011 a 2013, altura em que o "salário mínimo" dos enfermeiros foi atualizado.
"A informação não é vinculativa, e por isso a administração tem liberdade para decidir", nota o delegado sindical do Sindicato dos Enfermeiros referindo que entretanto já lhes foi comunicado que terão de devolver o valor entretanto pago.
Os enfermeiros consideram-se por isso, "discriminados", e por isso decidiram cumprir apenas o "estritamente obrigatório por lei", suspendendo a realização de horas extra e funções em comissões e colaboração em formações institucionais.
Em nota enviada ao JN, o CHMA diz que não pode satisfazer a reivindicação dos enfermeiros "por não se enquadrar na legislação aplicável".
O hospital acrescenta que continuará a procurar consensos, e assegura que a "normalidade assistencial" não será posta em causa.
A administração do CHMA acredita, refere a mesma nota, que a posição dos enfermeiros pode ser revertida.