Apesar da quebra de produção, não vai faltar fruto de qualidade durante o fim de semana, prometem os vendedores.
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Alfândega da Fé é a capital da cereja durante este fim de semana, com 12 produtores a venderem o fruto fresco na festa mais aguardada do ano na região, que conta com uma centena de expositores de produtos locais.
Só a Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé tem preparadas entre três a quatro toneladas de cereja, que o presidente, Luís Jerónimo, espera esgotar, como nos anos anteriores. “A cereja tem qualidade, apesar de a quantidade ser mais baixa do que em anos anteriores, mas na feira há cereja que chega e sobra”, explicou o também produtor ao JN.
A cooperativa tabelou o preço da cereja a cinco euros o quilograma. “Está igual ao ano passado, apesar de os custos de produção terem aumentado, mas as carteiras andam magras e decidimos manter”, justifica o presidente da Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé.
Mas nem todos vão vender ao mesmo preço. Luciana Silva, uma das produtoras presentes, irá vender o quilo a seis euros. Mesmo assim, acredita que até amanhã “a cereja vai vender muito bem, pois a de Alfândega da Fé tem grande qualidade e atrai o público”, assegurou esta sexta-feira ao JN.
A cultura da cereja é uma das mais emblemáticas do concelho de Alfândega da Fé, onde atualmente existem cerca de 80 hectares de pomares. Os agricultores já recorrem a mão de obra estrangeira para a colheita. “A maioria são trabalhadores locais, mas já se contratam estrangeiros, na maioria dos casos que estão radicados no concelho há vários anos, como búlgaros e indianos”, indicou o dirigente associativo.
A Festa da Cereja é organizada pelo Município de Alfândega da Fé e conta este ano com um investimento de 200 mil euros. “Tem muita repercussão na nossa economia neste período e depois durante todo o ano”, realçou o presidente da Câmara, Eduardo Tavares.
A festa disponibiliza a um programa recheado de atividades, desde concertos, com Ana Moura, Toy, Cristina Pereira e o concurso da melhor cereja.