Feira dos produtos do concelho decorre de 2 a 4 de fevereiro e tem no fumeiro o principal ingrediente
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Como não há duas sem três, depois de Boticas e Montalegre é a vez de Chaves apresentar o seu fumeiro e outras iguarias. A Feira dos Sabores vai decorrer entre 2 e 4 de fevereiro com 16 expositores de derivados do porco e mais 54 com outro tipo de produtos locais.
A Cozinha Regional Felizardo é uma das presenças já asseguradas nesta iniciativa da Câmara Municipal de Chaves. André Rodrigues é o porta-voz daquela unidade de produção criada, em finais de 2007, pela sogra Silvia Felizardo e que “ainda preserva as receitas da sua bisavó”. Um segredo que “ninguém descobre”. Tanto que André já lá andou a tentar “botar o olho”, mas ficou a saber o mesmo.
Este estabelecimento, na cidade de Chaves, trabalha “essencialmente com porco bísaro, mas também com o tradicional, criados ao ar livre”, segundo André Rodrigues, que ajuda quando pode no negócio. “Andar nas feiras e contactar com o público dá-me vida”, frisa o mediador de seguros. Para já, não lhe parece que possa vir a mudar de profissão, pois, apesar de “ser rentável” produzir fumeiro, na época alta, é trabalho de “de sol a sol” e “não é valorizado”.
Vinho, pão, pastéis
O que a autarquia flaviense pretende fazer no primeiro fim de semana de fevereiro é “pôr em evidência os produtos mais caraterísticos do concelho”, que é “conhecido [gastronomicamente falando] pelos derivados do porco, principalmente pelo presunto”, adianta o presidente do Município, Nuno Vaz. Claro que quem diz fumeiro também diz “vinho, pão, pastéis de Chaves, entre outras iguarias”, realça.
“Queremos destacar este labor genuíno, em muitos casos com um sabor ancestral”, acrescenta o autarca, que diz ser fundamental “não perder nunca a dimensão antropológica, mas também etnográfica”. Tudo para que o concelho continue a ter “esta diversidade de conhecimento, de saber e de paladares”.
A Feira dos Sabores serve para “desafiar e provocar as pessoas” que fazem produção local, mas também, nota Nuno Vaz, para “estimular os turistas”. Para que, num período de menor afluência de visitantes, possam aproveitar para “visitar Chaves, degustar a sua gastronomia e irem às termas e aos museus”.