Chef de Ponte de Lima premiado na Suíça. “É muito importante, mas gosto de ter os pés na terra”
O chef de cozinha português que, na segunda-feira, venceu o prémio “Golden Chef 2025”, num concurso suíço de cozinha ao vivo, o Goldener Koch, vive dias de reconhecimento do que considera ser fruto “do seu trabalho”. Apesar de estar numa posição de destaque no mundo da gastronomia, pretende manter “os pés na terra”.
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João Pedro Coelho, de 25 anos, contou ao JN, esta quarta-feira, que, por agora, pretende continuar a trabalhar como subchefe de cozinha no Restaurant de l'Hôtel de Ville de Crissier, um restaurante de três estrelas Michelin na Suíça. No entanto, mantém a porta aberta a “algo novo” no futuro.
“Têm sido dias complicados. Responder ao telemóvel e dar bastantes entrevistas não é a minha praia mas tem sido giro ver que o trabalho e o esforço valeu a pena. A recompensa tem sido algo muito bom”, descreveu, contando que venceu o prémio quando se assinalam 10 anos desde que fez o primeiro concurso de cozinha. "É um concurso histórico um dos melhores do mundo o melhor da Suíça. É muito importante para quem está neste meio da gastronomia. Sinto-me bem. Sinto que as minhas ideias e o meu esforço deram resultado. Estou contente por isso. É mais uma afirmação”, acrescentou.
João Pedro Coelho, nascido em 1999, em Fornelos, Ponte de Lima, formou-se na escola profissional local. Em 2017, na altura com 17 anos, venceu o Concurso Jovem Talento da Gastronomia em Portugal. Hoje, com mais um palmarés, desta vez com peso internacional no currículo, prefere manter-se centrado no presente.
“Já imensas pessoas me perguntaram se há outros sonhos, mas eu gosto de ter os pés na terra. Gosto muito daquilo que faço, da responsabilidade que tenho e não é por ter ganho este grande concurso na segunda-feira que sou melhor ou pior do que no domingo. Não vamos mudar algo quando o trabalho tem sempre vindo a dar frutos ao longo dos anos”, respondeu. “O mais satisfatório foi antes do concurso ouvir a minha mulher dizer que serei sempre o orgulho dela”, concluiu.