Chega acusa Câmara de Viana de "estratégia eleitoralista" ao aprovar obras e concursos de 17 milhões
O vereador independente e candidato do Chega à Câmara de Viana do Castelo nas eleições autárquicas, Eduardo Teixeira, acusou esta segunda-feira o executivo de maioria PS, de usar de "uma estratégia eleitoralista" ao aprovar, em reunião extraordinária, obras e concursos públicos no valor de 17 milhões de euros.
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Em causa estão a adjudicação da obra de um centro de acolhimento para pessoas em situação de sem-abrigo e a abertura de procedimentos para construção de saneamento básico, habitação a custos controlados e requalificação de centros de saúde.
Em comunicado divulgado após a reunião do executivo, em que esteve presente, Eduardo Teixeira informou que "apresentou um voto de protesto contra o que classificou como uma estratégia eleitoralista do atual executivo".
"Em cima da mesa estiveram propostas no valor global superior a 17 milhões de euros, que incluem concursos públicos para saneamento básico, habitação a custos controlados e requalificação de centros de saúde. Projetos que, no entanto, não terão qualquer impacto no presente mandato, mas apenas em 2026, 2027 e 2028", referiu, lamentando "profundamente que, a escassos dias das eleições, a Câmara aprove intenções e procedimentos que só terão execução muito para além deste mandato".
"Estamos perante um claro expediente de propaganda eleitoral, que ilude os vianenses e tenta transformar promessas em obra feita, quando na realidade nada será concretizado antes das eleições", considerou Eduardo Teixeira, referindo que, "em matérias fundamentais como os centros de saúde, já existiam verbas previstas no Orçamento do Estado, propostas pelo Chega, mas que a Câmara nunca concretizou". E acrescentou que, em vez de resolver os problemas no tempo certo, o Executivo "arrasta decisões e escolhe agora, em plena campanha, anunciar investimentos que deveriam ter sido lançados há anos".
Eduardo Teixeira argumentou que a ação do executivo liderada pelo socialista Luis Nobre "não só compromete a confiança dos cidadãos como também agrava a incerteza financeira do município, já no limiar do endividamento". "O que vimos hoje não foi planeamento responsável, mas sim eleitoralismo puro. As pessoas de Viana merecem verdade, transparência e contas certas não promessas avulsas em véspera de eleições", rematou.