Os contentores da Maia passarão a alertar os serviços de recolha quando estiverem cheios de lixo. A informação será prestada por um chip em contacto permanente com os computadores municipais. A Maiambiente investirá dois milhões de euros no sistema.
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A empresa municipal, responsável pela recolha de resíduos sólidos no concelho, lançou um concurso público para a aquisição de 77 mil contentores com chip e adaptadores (para colocar nos recipientes já existentes no município e em boas condições).
Esses equipamentos permitem saber, a qualquer momento, os níveis de resíduos em cada contentor, seja de lixo indiferenciado ou para reciclagem.
Os dados são transmitidos para os computadores da empresa, que, desta forma, pode adequar as rotas de recolha às necessidades reais de cada zona do concelho.
O dispositivo electrónico será colocado na totalidade dos contentores do concelho, estejam ou não no espaço público. Grande parte dos edifícios mais recentes da Maia (que tem cerca de 60 mil habitações) possui casa do lixo, onde se encontram os recipientes.
A recolha selectiva, que hoje se faz nas freguesias da Maia, Vermoim e Gueifães, será alargada ao restante território maiato. As propostas apresentadas no concurso público serão analisadas até ao final do ano. A decisão deverá ser conhecida no início de 2011.
“É um concurso pioneiro no país. Como os contentores terão um chip electrónico, poderemos saber, em qualquer altura do dia, se é preciso descarregá-los ou não. Resultará numa economia de tempo com a adaptação da rotas do lixo às necessidades”, explica Bragança Fernandes, presidente da Câmara da Maia.
A empresa municipal Maiambiente espera obter, também, uma poupança entre 15 a 17% nos seus custos globais. A recolha de resíduos sólidos é a principal actividade.
A empresa terá dois anos para implementar o sistema em todo o concelho, através da colocação de adaptadores electrónicos nos recipientes existentes e da substituição de contentores antigos pelos novos com chip. Depois, a gestão será feita pela Maiambiente.