O ciclista que, na semana passada, esteve envolvido num acidente com uma peregrina sul-africana, acabou por sofrer um traumatismo craniano e perda de memória. O homem, de 48 anos, fraturou, também, uma clavícula e vai ser operado esta segunda-feira.
Corpo do artigo
Como habitualmente, na quinta-feira passada, Rui Fernandes deixou a filha na creche, pegou na bicicleta, na Maia, e pedalou até Esposende. "Não me lembro rigorosamente de nada do que aconteceu", começa por contar o ciclista, acrescentando que foi a GNR que lhe relatou o sucedido. "O que me dizem é que eu ia na ciclovia, a peregrina estava no passeio a tirar uma selfie, deu quatro passos para trás e foi nesse momento que se deu o acidente", revela.
14827134
O tombo provocou-lhe um traumatismo craniano, amnésia e uma clavícula partida. "Fui para o hospital de Barcelos, depois fui transferido para o S. João e, hoje, vou ser operado à clavícula no privado, já que no S. João não me operaram", explica.
Com cerca de dois mil quilómetros de estrada só este ano, Rui Fernandes diz que é um ciclista "extremamente cuidadoso" e "cumpridor de todas as regras". Por isso, atribuí a culpa da colisão à peregrina de 69 anos, porque "aquela ecovia tem uma parte para ciclistas e outra para peões e ela é que se atravessou à minha frente". Ainda assim, não vai pedir responsabilidades porque "as despesas com um advogado" seriam maiores do que com a operação. "Se ela quisesse assumir a responsabilidade, teria deixado os dados dela para a contactar", conclui.
Recorde-se que o acidente aconteceu na passada quinta-feira, na marginal de Esposende. Ambos ficaram feridos e os dois receberam tratamento hospitalar.