Câmara aveirense fez proposta ao Governo Regional. Objetivo é melhorar a rede viária naquela ilha.
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Nove cidadãos oriundos da ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe, estiveram em Aveiro, durante um mês, para receber formação como calceteiros. A iniciativa surgiu de uma proposta feita por Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, a Filipe Nascimento, líder do Governo Regional do Príncipe. O objetivo é que os conhecimentos sejam aplicados para melhorar a rede viária daquele território insular.
Cidade geminada de Santo António, no Príncipe, Aveiro decidiu ajudar a formar novos calceteiros da ex-colónia portuguesa. “Para que volte a ter uma rede viária de qualidade. A velocidade média a que é possível andar lá, na maioria dos arruamentos, é 10 km/h. E os tempos de deslocação são importantes para a produtividade de qualquer território”, explicou Ribau Esteves.
Segundo o autarca, parte das estradas do Príncipe foram alcatroadas. No, entanto, nas épocas das chuvas, “ficou quase tudo destruído”. “Aqui, cada vez usamos menos o calcetamento das nossas estradas, mas ainda o fazemos. Por isso, disponibilizámos o conhecimento técnico que temos, para que eles o usem com o material que lá têm, a pedra, que se dá bem com o regime de aguaceiros”, adiantou o autarca.
Assim, o Governo Regional do Príncipe escolheu os cidadãos para receber formação, pagou-lhes as viagens, e a Câmara de Aveiro tratou do resto: deslocações desde o aeroporto, alojamento – no Seminário Diocesano, com quem a autarquia estabeleceu um protocolo de cooperação –, alimentação e formação teórica e prática.