Uma árvore que acaba de cair, uma pessoa que se sente mal e desmaia na rua, ou um alerta para o risco iminente de cheia. Estes são alguns dos exemplos que podem ter uma resposta mais imediata, através da equipa dos "Bravos de Santo António", um projeto acabado de lançar, e que é desenvolvido numa aplicação digital (App), que reúne funcionários da Junta de Freguesia de Santo António (JFSA) e cidadãos anónimos, que recebem formação adequada e certificada pelo Turismo de Portugal.
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"Este é um projeto de pessoas para pessoas, em que, uma situação inesperada é comunicada através da App ao gestor de zona, que dará as indicações sobre o procedimento, ou acionará o socorro mais adequado", explica ao JN Vasco Morgado, presidente da JFSA.
A App disponibiliza conteúdos multimédia de formação e informação, um serviço de registo de ocorrências e avisos e alertas, permitindo que os "Bravos" estejam sempre atualizados com informação em tempo útil, e que possam relatar ocorrências na área da freguesia que constituam algum perigo para pessoas e bens, tais como quedas de estruturas, incêndios, ou risco de saúde pública, entre outros. O projeto - que funciona 24 horas por dia - conta, para já, com 30 funcionários da Junta e 12 voluntários, mas que têm margem para chegar aos 35.
Para poderem funcionar como agentes de Proteção Civil, todos receberão formação adequada, ministrada pelo Turismo de Portugal. "Depois recebem um mini kit de equipamento, como coletes e capacete, para que possam usar numa das situações referidas", revela Vasco Morgado.
Formação contínua
O autarca destaca que a formação vai subindo de nível gradualmente até chegar a ocorrências bem mais graves, como um sismo. "É importante ter presente que, numa situação dessas, o socorro só chegará a Lisboa 48 a 72 horas depois, porque terá de vir de outros distritos", alerta o presidente da JFSA.
Vasco Morgado destaca a importância do lançamento do projeto numa altura em que a freguesia se prepara para ser atravessada diariamente por 450 mil pessoas.