<p>A "Cidade do Conhecimento", cujo orçamento estimado ascenderá a várias centenas de milhões de euros, ficará localizada junto ao nó de acesso da Auto-estrada do Norte (A1) e à zona industrial do Falcão, num terreno de 190 hectares, cuja compra está a ser negociada pela autarquia. </p>
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"Esperamos que possa estar a funcionar dentro de três a cinco anos e será uma cidade que apostará em áreas como a educação, a saúde, as tecnologias de informação e energias. Apostará ainda no lazer, dos parques imobiliários, resorts", explicou ao JN Paulo Caldas, presidente da Câmara do Cartaxo, após a assinatura do memorando, onde esteve também presente Jorge Lacão, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
Segundo o autarca, a "Cidade do Conhecimento", concebida pelo grupo indiano Pitroda, será auto-sustentável, fonte geradora de negócio, capaz de atrair investimento, diferenciando-se dos tradicionais parques tecnológicos ou pólos empresariais pela dimensão e capacidade de criar sinergias.
"É um local onde pessoas e empresas vivem, trabalham, colaboram e inovam em conjunto" sintetizou, por sua vez, Sam Pitroda, presidente do grupo investidor e mentor do projecto, em declarações à agência Lusa.
Paulo Caldas sublinhou que o Cartaxo será "um pólo de uma rede mundial de outras Cidades do Conhecimento que já existem no México e na Índia, e de outras que vão existir, por exemplo, no Brasil, Angola e Macau.
Concelhos como Oeiras e Aveiro também concorreram ao projecto, mas o autarca acredita que o Cartaxo "venceu" a concorrência pela centralidade geográfica que oferece e a proximidade a Lisboa, cuja distância é de cerca de 30 minutos pela A1.
O presidente espera, já no próximo mês, ser dono do terreno de 190 hectares e assinar o protocolo de parceria com o Banco Efisa e o grupo Pitroda, para dar corpo a um projecto que poderá criar "dezenas de milhares de postos de trabalho".
Os actuais parceiros da Cidade do Conhecimento pretendem "angariar" nesta fase de projecto outros investidores públicos e privados, universidades, centros de investigação e formular candidaturas a fundos europeus.
O projecto fará do concelho "um centro de excelência de conhecimento, tecnologia e inovação na região, no país, na Europa e no mundo", frisou Paulo Caldas.