CIM do Cávado dá Palácio dos Biscainhos ao Estado em troca das Convertidas e da escola D. Luís de Castro
Os edifícios do Recolhimento das Convertidas e da antiga escola D. Luís de Castro foram esta sexta-feira permutados entre o Estado e a Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM), em troca do Palácio dos Biscainhos, que acolhe o museu com o mesmo nome.
Corpo do artigo
O presidente da CIM, Ricardo Rio, disse ao JN que, como o processo de permuta demorou dez anos, não foi feito nenhum projeto concreto para nenhum dos edifícios, sendo certo que, no caso das Convertidas - edifício de 1722 e que está em ruínas no interior - "havia a ideia de o converter em espaço cultural".
Além daqueles dois edifícios - sendo que o da D. Luís de Castro está em ruína por ter sofrido um incêndio - a CIM vai receber o edifício que acolhe a sua própria sede, a antiga escola D. Luís de Castro e um terreno onde vai nascer a Unidade de Saúde Campus Vilar.
Numa segunda fase, também a Quinta da Arcela - que se destina a parque verde - será incluída na permuta. "Vamos negociar uma segunda fase que inclui estes terrenos para área verde e que ficam numa zona urbana", disse Ricardo Rio, salientando que há já uma decisão dos restantes municípios da CIM (Esposende, Barcelos, Vila Verde, Amares e Terras de Bouro) de que os prédios e os terrenos ficam para a Câmara de Braga.
Assim, o Estado passa a gerir o Museu dos Biscainhos, que reabriu ao público em maio, após uma empreitada de requalificação que custou um milhão de euros. Está instalado no Palácio dos Biscainhos, fundado no século XVII e transformado na primeira metade do século XVIII. Em 1978, o palácio foi convertido em museu.
O palácio, os jardins barrocos e as suas coleções revelam o quotidiano da nobreza setecentista e dos outros habitantes do espaço, como capelães, criados e escravos.