Cinco crianças, a maioria delas do jardim de infância de Cepães, em Esposende, foram infetadas com meningite vírica. As autoridades dizem que não há motivo para alarme.
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Em declarações ao JN, o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Cávado III Barcelos/Esposende, Francisco Pereira, afirmou que a situação "não apresenta riscos e que está controlada". Todos os casos, confirmou, ocorreram em estabelecimentos do Agrupamento Vertical de Escolas de Marinhas, em Esposende.
Francisco Pereira remeteu mais esclarecimentos para a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSNorte), que informou que, na última semana, não foi notificado no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica "nenhum caso de doença invasiva" por Neisseria meningitidis (a meningite bacteriana mais grave), Streptococcus pneumoniae (a mais comum) a Haemophilus influenzae (principal causa de meningite em crianças), ou seja, não se tratam de situações de meningite bacteriana. A ARSNorte não afasta, contudo, o risco para outras crianças e acrescenta que decorrem "diligências no âmbito da avaliação e gestão de risco, da responsabilidade da Autoridade de Saúde de nível local" e que as meningites víricas, "em geral, evoluem de forma benigna" e que os casos podem ocorrer isoladamente, embora os surtos sejam comuns".
Já a autarquia de Esposende informa em comunicado que, por se tratar de uma meningite vírica, não foram notificadas as pessoas que estiveram em contacto com as crianças infetadas, razão talvez pela qual alguns pais, questionados junto ao jardim de infância de Cepães, que terá cerca de 60 alunos, desconheciam a existência do vírus no estabelecimento.