Citeve constrói centro de nanotecnologia no terreno das hortas urbanas

Alexandra Lopes/JN
O CITEVE - Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário vai construir instalações próprias para o Centi - Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes. As novas instalações vão nascer na zona atualmente ocupada pelas hortas urbanas.
A área de cerca de nove mil metros quadrados onde estão as hortas tinha sido cedida pelo CITEVE à Câmara de Famalicão em 2009, por 51 anos, vai agora ser devolvida do dono. As hortas vão ser transferidas para terrenos situados entre a Avenida dos Descobrimentos e o leito do Rio Pelhe, no centro da cidade. O Centi, formado em 2006, está atualmente instalado no edifício do CITEVE, e vai agora poder ter instalações suas.
"Famalicão vai fixar e desenvolver uma infraestrutura de vanguarda mundial, que vai dar mais força e amplitude ao notável trabalho que o CITEVE tem desenvolvido em Portugal a partir de Vila Nova de Famalicão", refere Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão em nota enviada à imprensa.
A área para onde vai expandir se o edifício e onde estão as hortas urbanas faz parte de um terreno de quase 51 mil metros quadrados, parte integrante do Parque da Devesa, mas que é propriedade do CITEVE e está cedido ao município. Contudo, aponta a Autarquia, fruto da "devolução" do terreno das hortas ao CITEVE foi firmado um novo acordo, para que a cedência da restante área seja por um período de 100 anos. De acordo com a Câmara de Famalicão fica assim "salvaguardada para as próximas gerações de famalicenses a existência do Parque da Devesa tal como é hoje".
Segundo nota do município "a intervenção a desenvolver pelo CITEVE não implica qualquer alteração ao Plano de Urbanização aprovado pela autarquia para a área em 2012".
A mesma fonte aponta que a transferência das hortas urbanas para um espaço com 21 milmetros quadrados "vai permitir a ampliação do corredor verde urbano para sul de Famalicão à margem do leito do Rio Pelhe", um prolongamento que dá sequência à "intervenção" que está a ser feita no centro urbano.
"Teremos, assim, um novo espaço verde de proximidade na cidade, com mais hortas urbanas, igualmente próximas dos cidadãos que as fazem, com um percurso pedonal ecológico novo. É um espaço central com múltiplas capacidades, que garante a todos os hortelãos atuais a continuidade da sua atividade, mas que abre a porta a novos utilizadores, pois haverá mais talhões, e a fruição do espaço ribeirinho a todos os cidadãos", explica o autarca.
