Cláudio Matos ganhou as eleições intercalares em Mindelo, Vila do Conde. O jurista de 26 anos venceu com maioria absoluta, deixando para trás PS e PSD.
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Os socialistas perdem, assim, a junta que haviam ganho "a ferros" em 2017 e o movimento independente da presidente da Câmara, Elisa Ferraz, capitaliza uma importante vitória, dois dias depois de ter perdido o apoio de Isaac Braga, o presidente da junta de freguesia de Vila do Conde
"Depois de dois anos de lutas, é a vitória merecida", afirmou, no final da longa contagem, Cláudio Matos. A prioridade, frisa, é "unir Mindelo" e "fazer obra", acabando com os dois anos "de marasmo" em que esteve mergulhada a segunda maior freguesia do concelho.
O alargamento do cemitério e o apoio aos mindelenses na revisão do PDM (Plano Diretor Municipal) são, no campo dos "afazeres", as duas prioridades.
Ainda assim, a elevada abstenção (55%), é, diz, "uma questão que deve fazer todos refletir". Embora não seja um "exclusivo" de Mindelo, a verdade é que, na freguesia, subiu - e muito - face às Autárquicas de 2017 em que foi de 37%, um sinal de que Mindelo estava "cansada" de guerras.
Agora, quer-se paz e "um novo ciclo". Cláudio vence com 40% dos votos (650 votos) e elege, assim, cinco deputados à assembleia de freguesia. O PSD é segundo com 22% (2 deputados) e o PS com 21% (2 deputados). Sem representação ficaram BE (6,7%), CDS-PP (4%), CDU (2%).
Sérgio Matos, do PS, não se sente derrotado. Numa conjuntura difícil, com o PS sem liderança na concelhia, depois da demissão do presidente da Junta, Domingos Duarte, e com os socialistas da freguesia divididos, conseguiu apresentar uma lista, ir a votos e garantir dois lugares na assembleia de freguesia.
Depois de dois anos em gestão, com uma governação sem maioria muito difícil, Domingos Duarte, recorde-se, apresentou, em outubro, a demissão, forçando as eleições antecipadas na freguesia. Agora, da esquerda à direita, todos esperam que os ânimos acalmem em Mindelo.