Imóvel Arte Nova, no Porto, acumula danos severos que engenheiros atribuem à construção do prédio vizinho, a qual terá causado anomalias estruturais na moradia centenária. A família teme pela segurança e já processou o construtor e o dono da obra. O promotor nega responsabilidades e a Câmara diz que não há risco.
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Já não é apenas o desgosto e a destruição de património arquitetónico que reúne elementos únicos de importantes correntes estéticas - como Arte Nova e Art Déco - no Porto: na casa da família Rolo, na Foz do Douro, vive-se, todos os dias, um cada vez mais arriscado jogo de sorte e azar, sobre fundações abaladas pela construção de um prédio contíguo e sob tetos que ameaçam ruir a todo o momento e atingir os moradores. Em outubro passado, Agenor Rolo acordou sobressaltado pelo "estrondo enorme" de um pedaço de teto que acabava de cair ao lado da cama e que por pouco não o atingiu na cabeça. Tempos antes, o irmão Ricardo livrou-se, por "dois ou três minutos", de ser apanhado pelo estuque que desabou na entrada. E a mãe de ambos, octogenária, tinha acabado de passar no corredor instantes antes de nova derrocada.
Processos na Justiça para apurar responsabilidades