O CDS-PP, que desde 2013 concorria à Câmara de Amares em coligação com o PSD, vai apoiar a candidatura independente liderada por Álvaro Silva nas eleições autárquicas deste ano, anunciou esta sexta-feira a estrutura concelhia do partido.
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“A Comissão Política do CDP-PP de Amares, depois da decisão tomada a 27 de dezembro findo ter percorrido os trâmites normais de uma organização partidária, informa que os democratas cristãos de Amares, nas próximas eleições autárquicas, apoiarão o movimento independente Renascer Amares, cuja lista é encabeçada pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia, Dr. Álvaro Silva”, refere o partido em comunicado.
Para o CDS-PP, Álvaro Silva “é um homem da sociedade civil de Amares, disciplinado, politicamente apartidário, professor universitário e gestor de sucesso com provas dadas, como é o caso mais recente da recuperação da Santa Casa da Misericórdia”, que “até à sua chegada vivia tempos muito difíceis”.
“É, portanto, com motivação que juntos avançamos para este projeto com a determinação de sempre e a lealdade que nos é característica, para bem de Amares e dos amarenses”, conclui o comunicado.
A coligação “Juntos por Amares” ganhou as autárquicas de 2017 e de 2021, tendo em ambos os casos sido liderada pelo atual presidente do município, Manuel Moreira. No entanto, pouco depois das últimas eleições, em janeiro de 2022, o vereador Vítor Ribeiro desfiliou-se do CDS e passou a independente. A coligação manteve-se na Assembleia Municipal.
Para as eleições deste ano, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Amares, Álvaro Silva, foi o primeiro a anunciar a candidatura, como independente, encabeçando o movimento Renascer Amares. Mais recentemente foram também oficializadas as candidaturas de Emanuel Magalhães pelo PSD e de Pedro Costa pelo PS.
A Câmara de Amares é, desde 2013, presidida por Manuel Moreira, que não se pode recandidatar por atingir os três mandatos permitidos por lei. Moreira foi eleito pela primeira vez pelo PS, sem maioria, mas em 2015, após várias divergências, os socialistas retiraram-lhe a confiança política. O autarca aliou-se então à coligação PSD/CDS-PP, pela qual concorreu em 2017 e 2021, conseguindo duas vitórias com maioria absoluta.