A proteção civil municipal de Amarante, ao final da manhã, descansou os comerciantes da zona ribeirinha da cidade, ao revelar que o Centro de Previsão e Prevenção de Cheias não prevê que o rio continue a subir. Às 14.30 horas será feita uma nova avaliação.
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"Neste momento o rio está com uma cota acima do normal entre os cinco e cinco metros e meio. Tudo leva a crer que a cheia não passará deste nível, desde que não encerrem a barragem do Torrão, no Marco de Canaveses", disse ao JN, Hélder Ferreira, comandante da proteção civil municipal.
Segundo os bombeiros a referida barragem estará já à cota máxima, mas está a fazer uma grande descarga contínua.
O resto do dia será passado com os olhos no rio. Os comerciantes lembram a última cheia que atingiu a cidade em apenas duas horas.
Molhados de outras cheias, houve comerciantes que já tinham evacuado a mercadoria das lojas. Foi o caso da Ótica S. Gonçalo que face à ameaça de cheia, retirou todo o recheio e fez subir os balcões para um estrado de pneus usados. Ao lado, a Confeitaria Tinoca, apesar da cheia, continuava a servir "as lérias" e "os papos de anjo", a doçaria típica de Amarante, no dia que a cidade celebra a festividade do padroeiro S. Gonçalo.
"Estamos na expetativa. A mercadoria, mais pesada, já está a salvo. Ficou o essencial, mas julgo que a água não chegará aqui", dizia esperançada, Maria José, mãe da dona do negócio. Ainda assim os transtornos já se faziam sentir. "Não temos gás, deve ter sido cortado e as máquinas no frio, que estão coladas ao teto da cave, estão prestes a ficarem submersas", acrescentou a filha, Ana Catarina, a proprietária do negócio.