Miguel Corte-Real definiu o combate ao trânsito e à "má gestão dos dinheiros públicos" como principal bandeira da sua candidatura à Câmara Municipal do Porto pelo Chega. A cerimónia de apresentação contou com a presença do presidente do partido, André Ventura.
Corpo do artigo
Foi na Praça de Francisco Sá Carneiro, conhecida como Praça Velasquez, que cerca de 200 pessoas se juntaram para conhecer as linhas gerais das ideias que Corte-Real pretende implementar na cidade.
Embora a apresentação do programa eleitoral tenha ficado prometida "para breve", já foi possível perceber que a questão do trânsito é considerada fulcral pelo candidato. "Temos de parar o disparate de obras na cidade, especialmente porque muitas delas não servem para nada e, quando estão completas, o seu efeito positivo é anulado pelo estaleiro seguinte", começou por defender Miguel Corte-Real, salientando o forte impacto negativo.
Ainda neste tema, as obras municipais e de transporte foram muito criticadas, tanto pelo demora como pela falta de planeamento. Quanto ao eterno problema na VCI, Corte-Real criticou as soluções anunciadas pelos adversários. "Milagrosamente, chegam sempre em vésperas de eleições", atirou, prometendo uma alternativa "na próxima semana".
Relativamente à outra bandeira da candidatura, luta contra a "má gestão dos dinheiros públicos", Miguel Corte-Real apresentou uma visão diferente de como os impostos dos portuenses e o financiamento público deviam ser geridos. Aqui insere-se a questão da habitação, para a qual o candidato do Chega diz ter soluções.
"Temos de canalizar a receita que provém das taxas turísticas para pagar o conforto dos que cá habitam. Além disso, a habitação pública no Porto é suficiente se as casas estiverem ocupadas por quem precisa e não por redes de tráfico de droga. Por isso, proponho o alargamento da renda apoiada à classe média", explicou.
Ventura confiante
Uma das presenças mais esperadas foi a de André Ventura. O líder do Chega começou por criticar o vandalismo de que foi alvo a estátua de Sá Carneiro, onde escreveram, com tinta, "facho bom é facho morto". Depois, mostrou-se confiante com as hipóteses de Miguel Corte-Real vencer.
"Esta é uma candidatura que quer vencer e abanar a cidade e o distrito. Os portuenses querem uma cidade com menos insegurança, com mais controlo e justiça. Tenho a certeza que o Miguel e a equipa dele vão conseguir fazer o corte que o Porto precisa e cortar com os clichês do passado", afirmou o deputado.