A ligação ferroviária entre Aveiro e Salamanca será executada "no atual ciclo político", disse Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, na conferência "As Vias do Noroeste". O governante lamentou, ainda, haver pouco dinheiro para o Metro do Porto.
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"Desencravemos" a ligação por comboio entre os portos de Leixões e de Aveiro com Espanha, através de Salamanca, garantiu, esta segunda-feira, Pedro Marques na abertura da conferência organizada pelo "Jornal de Notícias" e a Câmara de Gaia e que será encerrada pelo primeiro-ministro António Costa.
A obra vai "materializar-se em investimento concreto" com o "Connecting Europe Facility", fundos europeus específicos para financiar grandes corredores de ligação entre países europeus. Encontram-se aqui as ligações ferroviárias entre Aveiro e Salamanca, mas também entre Sines e Badajoz.
"A ligação Leixões, Aveiro e Espanha é absolutamente essencial para o transporte de mercadorias e a competitividade dos portos do Norte" e fica prometida para "o atual ciclo político", adiantou. Também integra a ferrovia entre Porto e a Galiza.
Pedro Marques disse concordar com a prioridade dada pelo anterior executivo à ferrovia e garantiu que "o Norte receberá um forte investimento no próximo ciclo de programação". Em concreto, acrescentou, serão investidas "centenas de milhões de euros" na Linha Norte, entre Porto e Lisboa, na modernização da linha Minho, entre Porto e Vigo, bem como na Linha do Douro.
Quanto ao metro do Porto, Pedro Marques lamentou a herança deixada pelo anterior Governo, que poucos fundos europeus destinou à mobilidade. "Foi insuficiente a prioridade política na negociação, neste ciclo programação, e redundou conjunto muito limitado recursos disponíveis", afirmou. "É um constrangimento importante ao desenvolvimento da mobilidade urbana que recebemos como legado, mas procuramos desbloquear o melhor possível", adiantou.
Pedro Marques especificou ainda que a prioridade dos fundos europeus continuará a ser o apoio às empresas exportadoras e ao seu financiamento e disse acreditar que o Norte conseguirá atingir o "exigente mas superável" objetivo de exportar um quarto de toda a sua produção até 2020.